AUTÓGRAFO Nº 192 DE 21 DE NOVEMBRO DE 2023

 

APROVA, nos próprios termos, o Projeto de Lei nº 139/2023, de autoria do Poder Legislativo (Ver. Valmir Alcântara de Oliveira), que “Dispõe sobre a denominação da Rua “G” do loteamento Terra Santa em Santa Barbara d’Oeste, como Rua Maria da Glória Neves Reis”.

 

RAFAEL PIOVEZAN, Prefeito do Município de Santa Bárbara d’Oeste, Estado de São Paulo, no uso das atribuições que lhes são conferidas por Lei, faz saber que a Câmara Municipal aprovou e ele sanciona e promulga a seguinte Lei Municipal:

 

Art. 1º A Rua “G” do loteamento Terra Santa, passa a ser denominada Maria da Glória Neves Reis.

 

Art. 2º A Biografia da homenageada passa a fazer parte integrante dessa Lei.

 

Art. 3º A Prefeitura Municipal no momento oportuno afixará a placa denominativa para a perfeita identificação da respectiva Rua.

 

Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

 

 

 

PAULO CESAR MONARO

- Presidente -

CELSO LUÍS DE ÁVILA BUENO

- Vice Presidente -

 

 

VALDENOR DE JESUS GONÇALVES FONSECA

- 1º Secretário -

 

 

REINALDO OLIVEIRA CASIMIRO

- 2º Secretário -

 

 

Registrado na Diretoria Legislativa da Câmara Municipal, em 22 de novembro de 2023.

 

 

HENRIQUE MACEDO GUIMARÃES

-Diretor Legislativo-

 

 

 

 

 

 

 

BIOGRAFIA

 

 

Maria da Glória Neves Reis, nasceu em 12 de outubro de 1928 na cidade de Matina, estado da Bahia, onde viveu a sua infância até se casar aos 16 anos, com Mario Antônio Reis, com quem teve 15 filhos, 18 netos e 10 bisnetos.

Mudou-se para o estado de São de Paulo no ano de 1962 para trabalhar na área rural na região de Araçatuba.

 

Buscando uma vida melhor para família, pois na roça estava muito difícil, veio com o esposo e filhos para vizinha cidade de Americana no ano de 1974.

Infelizmente após seis meses nesta cidade, seu marido foi diagnosticado com um câncer vindo a falecer três meses depois em agosto de 1975.

Dona Maria com a morte do marido ficou numa situação muito difícil com dez filhos, sendo cinco ainda menores de idade, em uma cidade onde conhecia poucas pessoas, morando de aluguel e tendo que cuidar da família.

 

Neste momento difícil de sua vida, teve o conhecimento de um novo loteamento que se iniciava na vizinha cidade de Santa Bárbara d’Oeste, denominado Cidade Nova, e viu a grande oportunidade de adquirir um lote e poder finalmente ter sua casa, com a ajuda de seu filho mais velho, conseguiram dar uma entrada inicial com o valor recebido de sua aposentadoria rural conseguida com muita luta, devido à morte de seu marido, e financiou o restante em cem meses.

 

E assim com a ajuda dos filhos conseguiu construir três cômodos nos finais de semana, para poder sair do aluguel e ter como sustentar melhor os filhos, e em outubro de 1977 mudou-se para sua nova casa no bairro.

 

O novo loteamento não tinha muita infraestrutura como água, luz, esgoto, asfalto, transporte e escola.

 

Para ir tanto para o centro de Santa Barbara ou Americana tinha que se descolar a pé até onde hoje é a Avenida Santa Bárbara que na época não tinha este nome e nem era duplicada ainda.

 

A água potável era fornecida pela prefeitura através de caminhão pipa e para lavar as roupas era preciso ir até o córrego mollon. onde hoje é o jardim esmeralda, ou na conhecida lagoa do japonês no final do bairro cidade nova.

Dona Maria ou Maria Baiana, como muitos a conheciam, era muito católica e devota de Nossa Senhora Aparecida, não perdia uma missa aos domingos e quando possível participava dos eventos na comunidade.

 

Naquele tempo no início do bairro não tinha igreja, e as primeiras missas eram celebradas na nova escola Brocatto pelo Pe.Mario, posteriormente ao lado da escola foi construído um barracão, pela comunidade, hoje é a biblioteca Leo Salun, mais tarde a diocese adquiriu um terreno onde foi construída a igreja onde é hoje a Paroquia Imaculada Conceição de Maria.

 

Dona Maria era uma pessoa humilde e de origem simples, mas apesar de ter somente o terceiro ano escolar, seu conhecimento e sabedoria de vida, ajudava muitas pessoas com uma palavra amiga e orientação para quem precisava.

 

Apesar da grande dificuldade em sustentar os seus filhos nunca deixava faltar a ninguém que chegava necessitado de um prato de comida. Sempre foi pai e mãe criando e educando seus filhos com muito amor e dedicação.

 

Sempre foi muito grata a esta cidade que a acolheu, e que conseguiu pela primeira vez ter sua casa própria, onde viveu com seus filhos, até seus últimos dias de vida.

 

Faleceu em 16 de junho de 1994, devido a graves problemas de saúde, adquiridas ao decorrer de sua vida sofrida.

 

Hoje seus filhos, netos e bisnetos continuam a morar nesta cidade que ela estimava muito, nos bairros Cidade Nova, São Fernando, Jardim Esmeralda, Planalto do Sol, Mollon e Jardim Europa.

 

Contribuindo assim como ela para o crescimento e desenvolvimento de nossa cidade.