LEI MUNICIPAL Nº 4412 DE 13 DE JULHO DE 2023
Autoria: Poder Legislativo (Ver. José Luís Fornasari)
Denomina a Rua 14 do Residencial Vila Romi, como Rua Alcides Miranda.
RAFAEL PIOVEZAN, Prefeito do Município de Santa Bárbara d’Oeste, Estado de São Paulo, no uso das atribuições que lhes são conferidas por Lei, faz saber que a Câmara Municipal aprovou e ele sanciona e promulga a seguinte Lei Municipal:
Art. 1º A Rua 14 do Residencial Vila Romi passa a ser denominada como “Rua Alcides Miranda”.
Art. 2º A biografia do homenageado é parte integrante dessa Lei.
Art. 3º A prefeitura em momento oportuno afixará placa denominativa para a perfeita identificação da respectiva Rua.
Art. 4º A Rua 15 do Residencial Vila Romi, passa a ser prolongamento da Avenida José Torricelli.
Art. 5º As despesas oriundas da execução dessa Lei correrão por conta de verba própria do orçamento vigente, suplementada se necessário.
Este texto não substitui a publicação oficial
BIOGRAFIA
Alcides Miranda
DATA DE NASCIMENTO – 28 de novembro de 1999 na cidade de Cesário Lange.
Alcides Miranda nasceu no ano de 1909, na fazenda de Monte Alegre, numa comarca conhecida na Época como Passa Três, atual Cesário Lange.
Filho de Firmino José de Miranda e de Maria Joaquina da Conceição. Alcides desde menino começou a trabalhar na lavoura de café. Foi o primogênito de uma família que teve mais cinco filhos.
Embora tenha sido matriculado na escola da localidade, não a frequentou. Foi um autodidata, aprendeu a conhecer as letras e os números sozinho. Dizia que sabia ler, escrever e fazer operações matemáticas melhor que diversas pessoas que frequentaram a escola normal.
Enamorou-se e casou-se em 1932 com Isaura Maria da Conceição, que também morava na colônia da fazenda Monte Alegre.
Dessa união teve oito filhos: Nelson, Jarbas, José, Gilberto, Alcides, Oscar, Maria e Nair. Teve netos, bisnetos e tataranetos.
Mudou-se para Tatuí depois para Porto Feliz e outras tantas cidades em busca de melhores condições de vida.
Em 1950 converteu-se e foi batizado na igreja evangélica Congregação Cristã no Brasil. A qual frequenta até os dias de hoje.
Mudou-se para Santa Bárbara em 25 de novembro de 1954, com 44 anos. Dizia que enfim havia encontrado um lugar agradável que o enchia de paz.
Trabalhou na construção das indústrias Romi na década de 50, faze de expansão da mencionada empresa.
Na década de 80 se habilitou e tornou-se cocheiro, sentia orgulho em fazer carretos.
Após a aposentadoria, não conseguindo ficar parado, construiu um carinho, tirou alvará e passou a vender pipocas e doces na Praça Dona Carolina em frente ao Fórum.
Próximo a completar 90 anos, quando o corpo começou a dar sinais de cansaço, deixou essa rotina e começou a trabalhar em casa junto de sua esposa. Tiravam as linhas excedentes das calças e camisas para a empresa Vironda.
Quando deixou esse trabalho, passou a vender sorvete de saquinho (geladinho).
Em 2004, já com 94 anos Dona Isaura, sua amada esposa voltou para aa casa do pai celestial. Depois de 73 anos juntos, segundo pesquisas, um dos casamentos mais antigos do Brasil, a vida os separou.
Trabalhou ainda de marceneiro, apesar de possuir ferramentas precárias, fazia no fundo de sua residência pequenas caixas e pequenos armários de madeira.
O reencontro com um dos irmãos, João Miranda em 2008, com o qual havia perdido contato durante as mudanças de cidade foi uma das grandes emoções que a vida lhe deu de presente. Pode contar e ouvir histórias algumas alegres e outras que o deixaram muito triste como a da morte de sua mãe que havia falecido nos braços deste irmão que acabava de reencontrar.
Seu Alcides faleceu no dia 24 de abril de 2010, deixou um legado de honra, caráter, honestidade e trabalho.