LEI MUNICIPAL Nº 4400 DE 13 DE JULHO DE 2023

Autoria: Poder Legislativo (Ver. Júlio César dos Santos da Silva)

Dispõe sobre a denominação da Rua ‘‘2’’ do Parque Industrial Solaris em Santa Bárbara d’Oeste.

RAFAEL PIOVEZAN, Prefeito do Município de Santa Bárbara d’Oeste, Estado de São Paulo, no uso das atribuições que lhes são conferidas por Lei, faz saber que a Câmara Municipal aprovou e ele sanciona e promulga a seguinte Lei Municipal:

Art. 1º A Rua 2 do loteamento Empresarial, Comercial e Industrial Solaris, passa a ser denominada Rua “José Alexandre Batalha”.

Art. 2º A Biografia do homenageado passa a fazer parte integrante dessa Lei.

Art. 3º A Prefeitura Municipal no momento oportuno afixará a placa denominativa para a perfeita identificação da respectiva Rua.

Art. 4º As despesas oriundas da execução dessa Lei correrão por conta de verba própria do orçamento vigente, suplementada se necessário.

Art. 5º Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Santa Bárbara d´Oeste, 13 de julho de 2023.

RAFAEL PIOVEZAN  

Prefeito do Município

Este texto não substitui a publicação oficial

Autógrafo nº 079/2023

Projeto de Lei nº 04/2023

BIOGRAFIA DO PROFESSOR

JOSÉ ALEXANDRE BATALHA

Barbarense, nasceu em Santa Bárbara (que ainda não era d'Oeste), no dia 9 de outubro de 1936 na Rua João Lino nº 198, numa casa construída em 1914, herdada por seus pais.

Eram seus pais Theodoro Batalha e Leopoldina Alves Batalha e seus irmãos: Diva Batalha, Homem Batalha e Neyde Batalha.

Seus avós paternos Alexander Battaglia e Madalena Peter Battaglia eram europeus, ele originário do condado de Shurr (Cantão dos Grisões) na Suíça e a avó de família alemã.

No Anuário Paulista de 1873 encontrou Alexandre Batalha, já naturalizado brasileiro, como ferreiro, aqui em nossa cidade.

Seus avós maternos eram Maria Ignes Pedroso Alves e José Leopoldino Alves, de famílias antigas da cidade.

José Alexandre estudou no Grupo Escolar José Gabriel de Oliveira", tendo sido aluno de professores antigos, hoje nomes de escola:" Prof? Benedita Aranha Lino (D. Didi)"," Prof. José Domingues Rodrigues" e "Prof. Ulisses de Oliveira Valente".

Aconselhado pelo primo, Prof. Osmar Martins Cruz, cursou o Ginásio e a Escola Normal "Comendador Emilio Romi", onde se formou em 1958, quando jovem, ainda estudante, trabalhava nas horas vagas como eletricista, concertando eletrodomésticos e fazendo instalações elétricas em casas aqui da cidade, para ganhar algum dinheiro.

Em março de 1959, a conselho do mesmo primo Osmar Martins Cruz, foi lecionar em Pompéia onde havia muitas escolas isoladas, trabalhando como professor substituto nas fazendas Jangada, Cabeça de Porco e Walter/Ivone. Ingressou no Magistério Público em agosto de 1962 na Vila Dirce Reis, que pertencia ao município de Jales.

Removeu-se em 1963 para o Grupo Escolar "Dr Felicio Laurito" em Santo André e depois para o Grupo Escolar "Mathias Ayres" em São Paulo, onde lecionou até o início de 1965, quando se removeu para a Escola Isolada da Fazenda Forti, que pertence ao município de Capivari.

Em 1966 foi removido para o Curso Primário, anexo à Escola Normal do Colégio Emilio Romi, de onde se removeu em 1970 para o Grupo Escolar de Vila Mac Knigh, atual "Prof. Ulisses Valente". Lecionou como professor primário e professor secundário de Artes Industriais, de Estudos sociais, de História, de Educação Moral e Cívica e OSPB (Organização Social e Política do Brasil).

Amava lecionar e amava seus alunos, sempre muito querido e respeitado por todos, pela sua grande paciência e pela forma agradável com que ministrava suas aulas, verdadeiras obras-primas de bom humor, através de torneios e músicas.

Sua formação acadêmica foi muito extensa, tendo cursado, por ordem cronológica:

-Administração Escolar (1967/1968) de 1º grau, no Instituto de Educação "Presidente Kennedy" em Americana.

-Pedagogia (1970/1971) na Faculdade de Educação Piracicabana com habilitações em Didática (1970), Supervisão Escolar (1971) e Administração Escolar de 2º grau (1975).

-Estudos Sociais na mesma faculdade, de 1972 a 1974, ambas na vizinha cidade de Piracicaba, no Centro da Cidade.

-História, na Faculdade de Educação de Amparo, de 1979 a 1980, quando se graduou em Licenciatura Plena.

Na vida familiar, casou-se com Anadyr Cecy de Castro Batalha, sua namorada por sete anos e colega de classe no Magistério, nos cursos de Administração e Pedagogia, com quem se casou em 22 de junho de 1963, realizando ambos, uma longa caminhada pelo Magistério Público Estadual.

Do casamento nasceram os filhos: César Augusto de Castro Batalha em 26/04/1954 e Sandra Regina de castro Batalha em 01/02/1966.

Depois de aposentado, dedicou-se a uma pequena chácara no Bairro Beira Rio e, mais tarde, uma menor ainda, no Bairro Walter Aranha. Durante anos criou galinhas, plantou árvores frutíferas como mangueiras, laranjeiras, bananeiras e jabuticabeiras, além de cultivar mandioca, milho, verduras e legumes.

Sempre distribuía sua produção de frutas e hortaliças entre a família, amigos e conhecidos.

Faleceu a 7 de dezembro de 2019 aos 83 anos, depois de prolongada moléstia, sempre cercado do carinho de seus familiares.

Deixou a esposa Anadyr, os filhos César Augusto, veterinário em Itapetininga e Sandra Regina, professora de Matemática, a nora Lúcia Maria dos Santos Seixas Batalha, o genro Neyron Luiz Rodrigues Cruz e as netas Nathália, Beatriz e Gabriela, seus grandes amores.

Denis Andia, então prefeito municipal de Santa Bárbara d'Oeste, decretou luto oficial por três dias, pelo seu falecimento, postando nas redes sociais: "O seu Zé foi um dos professores mais queridos que conheci, gostava do que fazia e era amigo dos alunos, um paizão para todos... a vida me deu oportunidade de conhecê-lo melhor em nosso ambiente familiar. Sempre alegre e carinhoso e de bem com a vida, deixa um legado de amor e humildade.

José Alexandre Batalha era corintiano, mas o grande amor de sua vida era o União Agrícola Futebol Clube. Amava a Corporação Musical Barbarense, da qual foi secretário, quando jovem jogou basquetebol, futebol de campo, futebol de salão e tênis de mesa.

Adorava a sua cidade: Santa Bárbara d'Oeste e toda a sua família.